Fotografar vai muito além de apertar um botão. Para mim, é sobre eternizar fases da vida, registrar as marcas do tempo com propósito e sentimento. Cada clique é uma oração silenciosa pela continuidade daquilo que é belo e verdadeiro. E, entre tantas histórias que tive o privilégio de contar, há uma que carrego com especial carinho no coração: a jornada de fé e milagre vivida por Paulo e Dyessa.
Conheci esse casal quando fotografei o batizado da pequena Yasmin, afilhada deles. Na época, Paulo e Dyessa eram recém-casados e enfrentavam um momento desafiador. Dyessa sofria com os efeitos da endometriose, havia passado por cirurgias delicadas e dolorosas, e a possibilidade de gerar filhos parecia cada vez mais distante. O sonho da maternidade era como uma chama que insistia em não apagar, mesmo sob o vento forte das adversidades.
Mas a fé move montanhas — e, às vezes, move também o céu. Em uma viagem à Terra Santa, lugar onde Jesus nasceu, viveu e entregou sua vida, eles conheceram uma missionária brasileira. Tocada pela história do casal, ela os conduziu até lugares sagrados: o local onde, segundo a tradição, ocorreu a Anunciação do Anjo Gabriel a Maria, e depois à Gruta do Leite, lugar de esperança para tantas mães.
Ali, diante de Nossa Senhora, com os corações abertos e cheios de fé, o casal recebeu uma profecia: eles seriam pais, e o nome do primeiro filho seria Emanuel — que significa “Deus conosco”.
E o milagre aconteceu. Um mês após o retorno da viagem, Dyessa descobriu que estava grávida. E não de um, mas de dois! Gêmeos bivitelinos — um verdadeiro presente dos céus. Tive a honra de fotografar esse momento sagrado, um capítulo emocionante da história que Deus escreveu com amor e misericórdia.
Mas a bênção não parou por aí. No dia 21 de abril de 2025, tive novamente a alegria de registrar mais um capítulo desse milagre contínuo: a quarta gestação de Dyessa. Isso mesmo — aquela que um dia ouviu que não poderia ser mãe, hoje vive plenamente a graça da maternidade.
Veja algumas fotos da quarta gestação:






















O matrimônio deles é um testemunho vivo das promessas feitas diante de Deus:
- Amor livre, escolhido sem imposições.
- Amor total, entregue por inteiro e para toda a vida.
- Amor fiel, cultivado na alegria e na dor, na saúde e na doença.
- Amor fecundo, que se multiplica em bênçãos e filhos.
Como dizia a Beata Ana Maria Taigi, o amor verdadeiro se manifesta nas pequenas atitudes do dia a dia, nos gestos de cuidado e entrega. E Paulo e Dyessa são um reflexo disso: cumprem com alegria e coragem a vocação de serem cônjuges e pais, cocriadores com Deus de novas almas imortais.
Essa história me lembra todos os dias por que sou fotógrafo. Não é apenas pelo clique, mas pelo que ele representa: um pedaço da eternidade congelado no tempo. Sou um fotógrafo de histórias. E histórias como essa me movem, me inspiram e me conectam com o sagrado da vida.
Se você, casal ou família, tem uma história que deseja eternizar — com fé, emoção e verdade —, será uma alegria para mim fazer parte desse capítulo com vocês.
Rogério Suriani